terça-feira, 12 de julho de 2011

Liturgia Diária - Santo do dia

(Mateus 11,20-24)

Terça-Feira, 12 de Julho de 2011
15ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Ma­teus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido.
21“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza.
22Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão tratadas com menos dureza do que vós. 23E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os milagres que foram realizados no meio de ti tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria até hoje!
24Eu, porém, vos digo: no dia do juízo, Sodoma será tratada com menos dureza do que vós!”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Betsaida era uma das cidades que entristeceram Jesus. Porque, apesar de ter sido a terra natal de Pedro, André e Felipe, de ter sido o lugar onde Jesus fez a maior parte dos milagres, Corazim e Betsaida eram cidades totalmente corrompidas, incrédulas e interesseiras. Mas que lições podemos tirar de toda esta situação em Betsaida?
Primeiro: se não vigiarmos, a nossa convivência com um ambiente corrompido também nos corromperá. Quantos homens bons e honestos se corrompem ao entrar na política? Quantos jovens crentes não mudam suas atitudes cristãs ao entrarem na universidade? Quantos homens e mulheres cristãos não mudam suas aparências e seus atos ao entrarem em certos empregos ou quando aumentam seu poder aquisitivo? Quantos servos de Deus – comprometidos com o Evangelho – têm esfriado, ou têm deixado Jesus porque assimilaram a corrupção do mundo, o pecado do mundo?
A segunda lição que aprendemos com Betsaida é que a nossa indiferença poderá nos excluir do reino de Deus.
“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidônia fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidônia, no dia do juízo, do que para vós”. Tiro e Sidônia eram cidades pagãs da Fenícia – atual Líbano – cidades que não viram os milagres e tudo o que Jesus fez. Portanto, presumi-se que, por ignorância, agiam e praticavam a maldade. Quem o diz é o próprio Jesus: “Porque, se os milagres que foram feitos aí tivessem sido feitos na cidade de Sodoma, ela existiria até hoje. Pois eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do que de você, Cafarnaum”.
Mas não. Betsaida era indiferente ao poder de Deus. Era uma cidade mergulhada no mundanismo. A “Betsaida” de hoje somos nós. Sou eu, é você, quando somos indiferentes. Deus está falando conosco e nós – enquanto o Senhor fala – ficamos conversando com outros ou com o pensamento bem longe! E isto dentro da própria Igreja ou durante a celebração litúrgica.
Somos indiferentes quando sabemos da necessidade do irmão e não damos a mínima atenção. Somos indiferentes quando não andamos no caminho estreito, preferindo agir conforme a nossa vontade. Somos indiferentes quando achamos que Jesus irá tardar em voltar e que teremos muito tempo para desfrutar os prazeres da vida. Somos indiferentes quando conhecemos a Palavra de Deus, sabemos o que é do seu agrado e o que não é, conhecemos as profecias e relegamos tudo isso para o terceiro plano.
A nossa indiferença com Jesus poderá nos custar o preço de Corazim e Cafarnaum ou o preço das virgens néscias. O preço de ser deixados para trás. Quantos não vêm para Jesus por causa de problemas com os filhos ou com os pais? Muitas vezes é a perda trágica de um parente que nos faz sair da aldeia e buscar Jesus. Vivemos no nosso mundo egoísta, na nossa aldeia, no nosso conformismo, na nossa preguiça espiritual e muitas vezes não deixamos Jesus entrar nela. Colocamos muitas vezes nossos negócios, nossos alvos na frente de Jesus e não o reino de Deus em primeiro lugar. Muitas vezes estamos – ou pensamos que estamos – presos a religiões, culturas, ideias, traumas antigos, conceitos e preconceitos. E então, Jesus dirigindo-se à nós diz: “Ai de ti Corazim! Ai de ti Betsaida!”
 

São João Gualberto

12 de Julho

São João Gualberto Com muita alegria nos deparamos com a santidade de vida de São João Gualberto, que pertenceu a uma nobre família de Florença, a qual muito bem o educou na cultura, porém, deixou falhas no essencial, ou seja, na vida religiosa. Por isso, facilmente, ele foi se entregando às liberdades perigosas e às vaidades do mundo.

Aconteceu que, com o assassinato do seu irmão, João Gualberto – como o pai – revoltou-se a ponto de jurar o causador de morte; mas um certo dia, numa estreita estrada, Gualberto encontrou-se com o assassino desarmado, por isso arrancou sua espada para vingar o irmão, quando de repente a súplica: "Por amor de Jesus que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!".

Era uma Sexta-feira Santa, e assim, tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto não só acolheu o malvado com seu perdão, mas também ao entrar numa igreja, recebeu aos pés do Crucificado a graça do perdão e a vida nova.

No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e depois à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na Vida Eterna em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos: "Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado".


São João Gualberto, rogai por nós! 

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