sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Litugia Diária - Santo do Dia

(Lucas 8,1-3)

Sexta-Feira, 16 de Setembro de 2011
São Cornélio e São Cipriano

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 

Jesus vivia numa época profundamente conflitiva, num país irremediavelmente dividido. Havia fome, pobreza e muita doença. Havia gente explorada por um sistema injusto com desemprego, empobrecimento e endividamento crescentes.
Havia classes altas, comprometidas com os romanos na exploração do povo e poderosos ricos que não se importavam com a pobreza dos irmãos. E havia grupos de oposição aos romanos que se identificavam com as aspirações do povo. Havia muitos conflitos e tensões sociais com repressão sangrenta que matava sem piedade.
Havia a religião oficial. Ambígua e opressora, organizada em torno da sinagoga e do templo. E havia a piedade confusa e resistente dos pobres com suas devoções, romarias e práticas seculares. Numa palavra, havia conflitos nos vários níveis da vida da nação: econômico, social, político, ideológico, religioso. Todos muitos parecidos com os conflitos que vivemos hoje.
Jesus não se manteve neutro. Em nome de Deus, tomou posição. Através da Sua atitude, a Boa Nova de Deus se fez presente na vida do povo. O anúncio da Boa Nova é antes de tudo, uma nova prática, fruto da experiência que Jesus tinha do Pai e que O levava a tomar determinadas atitudes.
A novidade da prática evangelizadora de Jesus transparece, sobretudo, no novo jeito que Ele tem de se relacionar com as pessoas e de ensinar as coisas: atenção às pessoas sem fazer distinção; ensina em qualquer lugar, acolhe todos como ouvintes e permite que mulheres O sigam como discípulas; usa linguagem simples em forma de parábolas; reflete a partir dos fatos da vida; confronta os discípulos com os problemas do povo; ensina com autoridade sem citar “autoridades”; apresenta crianças como professoras de adultos; sendo livre, comunica liberdade aos que o cercam, e estes, por sua vez, criam coragem para transgredir tradições velhas. Jesus vive o que ensina. Passa noites em oração e suscita nos outros a vontade de rezar.
A Boa Nova do Reino se encarna numa convivência humana. A prática de Jesus revela uma nova visão das coisas, um novo ponto de partida, uma nova ordem. Os valores básicos dessa nova ordem aparecem encarnados no pequeno grupo de mulheres itinerante que se formou ao Seu redor e que – com Ele e os discípulos – partilha os bens. Poderia chamar-se de uma convivência amiga a ponto de não ter mais segredos.
Criou-se entre eles um novo relacionamento homem e mulher partilhando e vivendo em sadia convivência. Estes pontos nos dão uma ideia de como era a prática evangelizadora de Jesus. Através da prática de Jesus, Deus se tornou uma Boa Nova para o povo.
Padre Bantu Mendonça

 Santos Cornélio e Cipriano


Santos Cornélio e Cipriano Unidos pela fé e sangue, encontramos como exemplo de amizade e santidade estas testemunhas de Cristo, que foram martirizados no mesmo dia, porém, com diferença de cinco anos.

São Cornélio

Cornélio tinha sido eleito Papa em 251, após um grande período de ausência do pastor por causa da terrível perseguição de Décio. Sua eleição foi contestada por Novaciano, que acusava o Papa de ser muito indulgente para com os que haviam renegado a fé (lapsos) e separaram-se da Igreja.

Por causa dos êxitos obtidos com sua pregação, foi processado e exilado para o lugar hoje chamado Civitavecchici, onde Cornélio morreu. Foi sepultado nas catacumbas de Calisto.


São Cipriano

Uma das grandes figuras do século III, Cipriano, de família rica de Cartago, capital romana na África do Norte. Quando pagão era um ótimo advogado e mestre de retórica, até que provocado pela constância e serenidade dos mártires cristãos, converteu-se entre 35 e 40 anos de idade.

Por causa de sua radical conversão muitos ficaram espantados já que era bem popular. Com pouco tempo foi ordenado sacerdote e depois sagrado Bispo num período difícil da Igreja africana.

Duas perseguições contra os cristãos ocorreram: a de Décio e Valeriano. Estas perseguições marcaram o começo e o fim de seu episcopado, além de uma terrível peste que assolou o norte da África, semeando mortes. Problemas doutrinários, por outro lado, agitavam a Igreja daquela região.

Diante da perseguição do imperador Décio em 249, Cipriano escolheu esconder-se para continuar prestando serviços à Igreja. No ano 258, o santo Bispo foi denunciado, preso e processado. Existem as atas do seu processo de martírio que relatam suas últimas palavras do saber da sua sentença à morte: "Graças a Deus!"


Santos Cornélio e Cipriano, rogai por nós!

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