(João 1,47-51)
Quinta-Feira, 29 de Setembro de 2011
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael
— O Senhor esteja convosco.— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: “Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
São João nos apresenta um Jesus conhecedor de tudo e de todos, e que não precisa que alguém lhe conte ou mostre quem são as pessoas com as quais Ele se relaciona.
Deus conhece todas as ações humanas. Ele é o Justo Juiz. E seu Reino não terá fim. O mal um dia será vencido e não mais estará presente entre os homens. Mas isto somente vai acontecer no momento em que “vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Todavia, somos convidados já a nos alegrarmos : por isso, “alegra-te ó céu, e todos os que viveis nele”. O convite é extensivo aos coros celestes, serafins, arcanjos e anjos. É Cristo quem nos chama para estar junto d’Ele e participar de sua obra redentora.
Filipe não guardou para si a grande alegria de ter encontrado o Messias anunciado pelos profetas, mas comunicou esta mesma alegria a seu amigo Natanael, que se mostrou incrédulo diante da procedência humilde de Jesus – filho de um carpinteiro de Nazaré – quando o Messias devia ser descendente de Davi e procedente de Belém.
Filipe não se desmoraliza com as razoáveis objeções do amigo e também não confia nas explicações que o seu próprio engenho poderia excogitar. Opta por convidar o amigo a aproximar-se pessoalmente de Jesus: “vem e verás” (v. 46).
Passemos agora para o nome Natanael. Biblicamente, ele é de origem semítica e significa dom de Deus. Foi um dos doze apóstolos (cf. Jo 21,2). É bem provável que tenha sido Bartolomeu, o qual teria dois nomes, sendo este último um nome patronímico (filho de Tolmay), como o patronímico de Simão Pedro, Baryona (filho de Jonas). Esta identificação é deduzida dos diversos catálogos dos apóstolos que nos deixaram os evangelistas sinóticos, onde Bartolomeu sempre se segue a Filipe, aquele apóstolo que levou Natanael a Jesus.
“Eu te vi, debaixo da figueira”. Natanael sentiu que o olhar de Jesus penetrava nos mais profundos recônditos da sua alma, pois algo de significativo devia ter passado no seu coração naquela hora e naquele local exato a que Jesus se referia, e que só Deus podia conhecer.
Natanael é um israelita fiel à tradição da Lei, e parece não ter ideia da ruptura de João Batista com as instituições do Judaísmo. A fala de Jesus a Natanael: “Quando estavas debaixo da figueira, eu te vi”, remete ao profeta Zacarias: “Naqueles dias convidar-vos-ei, uns aos outros, debaixo da figueira”. (Zc 3,10).
Corresponda ou não, verdade é que Natanael vê-se descoberto e então, respondendo, professa a sua fé em Jesus: “Mestre, Tu és o Filho de Deus, o Rei de Israel”. Tanto uma palavra quanto outra fazem parte dos títulos messiânicos procedentes do Salmo 2. A intenção do Evangelho revela-se ao apresentar, desde a primeira hora, confissões explícitas de fé em Jesus.
E com a expressão: “Então vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”, esconde – e ao mesmo tempo revela de uma forma muito clara e expressiva – que Jesus é o mediador entre o céu e a terra, ficando assim os céus abertos para a humanidade. Ele é a porta pela qual os homens têm acesso ao Pai. É a escada de Jacó, pela qual subiam e desciam os anjos em sua visão (Gn 28,12).
Portanto, assim como Natanael reconhece em Jesus “o Caminho, a Verdade e a Vida”, proclamemos bem alto: “Senhor, tu és o Filho do Homem, o Rei de Israel!” para que no final possamos ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre Ele. E com Cristo reinemos eternamente. Amém!
Padre Bantu Mendonça
Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael
Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra "Arcanjo" significa "Anjo principal". E a palavra "Anjo", por sua vez, significa "mensageiro".São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: "Quem como Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. "Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu". (Apocalipse 12,7-8)
São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa "Força de Deus" ou "Deus é a minha proteção". É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: 'Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus'..." a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.
São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome "Deus curou" ou "Medicina de Deus", restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. "Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus" (Tob 5,4).
São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!


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