quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Litugia Diária - Santo do Dia

(Lucas 12,49-53)

Quinta-Feira, 20 de Outubro de 2011
29ª Semana Comum


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!
51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
 Neste Evangelho, Jesus mais uma vez nos mostra o Seu amor, convidando-nos a conhecer Sua missão em meio às alegrias e dificuldades. Jesus veio nos trazer o Espírito Santo, o Espírito de amor, Aquele que nos ensina todas as coisas. Jesus nos deixa o exemplo: Ele, que é o Rei, se fez pequeno quando pediu o batismo a João Batista, batismo esse que nos dá forças em meio ao combate espiritual, no qual a carne e o espírito conseguem vivenciar dentro de uma fraternidade de amor e paz. Após o batismo, somos chamados a vivenciar os frutos do Ressuscitado para que possamos ter uma vida plena e cheia do Espírito Santo.
Jesus era consciente de que um efeito – ainda que não desejado – do seu trabalho ia ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos funcionários do Templo e de todos os que se consideravam “donos da verdade”. O fogo da Palavra de Deus não era para funcionários lúgubres, saturados de doutrinas e sedentos de poder.
O fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas, mas do Espírito que tem de ser aprovado na entrega total, no batismo da doação pessoal. A paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”, aquela paz que Roma – e qualquer império – se esforça por proclamar. Esta é só uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito.
O fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os profetas, os apóstolos. O destino deles, como do Mestre, é sair ao encontro da obscuridade com um clarão que evidencia tudo o que a ordem atual esconde. O fogo põe às claras também as deficiências pessoais, as ambições subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao serviço do Evangelho.
Devemos observar que o Senhor Jesus Cristo não está atacando o relacionamento familiar, mas indica que nenhum laço terreno, embora muito íntimo, poderá diminuir a lealdade a Ele.
Essa lealdade pode até mesmo causar, em determinados membros de uma familia, que eles sejam afastados ou ignorados pelos outros por terem escolhido seguir a Cristo Jesus.
Podemos resumir que o Senhor Jesus Cristo se refere à espada por ser um instrumento cortante e que, da mesma forma, a sua vinda causará separação em muitas pessoas. E isto não porque Ele quer, mas pela opção de cada um em segui-lo como Senhor e salvador.
Pai, que o batismo de Jesus por sua morte de cruz purifique-me de todo pecado e de toda maldade – como um fogo ardente – abrindo o meu coração totalmente para o Senhor.
Padre Bantu Mendonça
 
São Pedro de Alcântara

São Pedro de Alcântara "Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências" (Gal 5,24)

Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.

Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.

Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: "Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus".

Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.

São Pedro de Alcântara, rogai por nós!
 

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