segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Litugia Diária - Santo do Dia

(Mateus 19,16-22)

Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2011
20ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 16alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” 17Jesus respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. 18O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe, e ama o teu próximo como a ti mesmo”.
20O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. Que ainda me falta?” 21Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Neste texto, Jesus nos dá a grande lição de tudo entregar aqui na terra, para tudo receber no Céu. Cristo tudo recebeu de Deus, Seu Pai e, por amor aos homens, tudo entregou para que os homens recebessem tudo de Deus. Assim, se você meu irmão, quer ter como herança a vida eterna, não tem outro caminho senão ir, vender tudo o que tem e distribuí-lo aos pobres. O comportamento de Jesus e a Sua palavra, ações e preceitos constituem a regra moral da vida cristã. De fato, estas Suas ações e, particularmente, a Sua paixão e morte na cruz são a revelação viva do Seu amor pelo Pai e pelos homens. É precisamente este amor que Jesus pede seja imitado por quantos O seguem.
Ao chamar o jovem para O seguir pelo caminho da perfeição, Jesus pede-lhe para ser perfeito no mandamento do amor – no ‘Seu’ mandamento – para inserir-se no movimento da Sua doação total, para imitar e reviver o próprio amor do Mestre ‘bom’, d’Aquele que amou ‘até ao fim’.
É o que Jesus pede a cada homem que quer segui-lo: “Se alguém quiser vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Seguir a Cristo não é uma imitação exterior, já que atinge o homem na sua profunda interioridade. Ser discípulo de Jesus significa tornar-se conforme a Ele, que se fez servo até ao dom de si sobre a cruz. Pela fé, Cristo habita no coração do cristão (cf. Ef 3,17) e, assim, o discípulo é assimilado ao seu Senhor e configurado com Ele.
“O moço, ouvindo essa palavra, saiu pesaroso, pois era possuidor de muitos bens”. O moço foi obediente à sua vocação? Não. Antes se retirou triste e pesaroso, porque tinha apego à sua grande fortuna.
Infelizmente, ele tapa os ouvidos à voz de Nosso Senhor, com o coração cheio de tristeza, porque a alegria só é possível quando há generosidade e desprendimento, quando há essa disponibilidade absoluta diante do querer de Deus que se manifesta em momentos bem precisos da nossa vida e, depois, na fidelidade ao longo dos dias e dos anos.
A tristeza deste jovem leva-nos a refletir. Podemos ser tentados a pensar que possuir muitas coisas, muitos bens deste mundo, pode fazer-nos felizes. No entanto, no caso do jovem do Evangelho, as riquezas se tornaram um obstáculo para aceitar o apelo de Jesus que o convidava a segui-lo. Não estava disposto a dizer ‘sim’ a Jesus e ‘não’ a si mesmo, a dizer ‘sim’ ao amor e ‘não’ à fuga!
O amor verdadeiro é exigente. Porque foi Jesus – o próprio Jesus – quem disse: “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15, 14). O amor exige esforço e compromisso pessoal para cumprir a vontade de Deus. Significa sacrifício e disciplina, mas significa também alegria e realização humana .
O jovem do Evangelho se afastou tristemente de Cristo Jesus, fonte da verdadeira alegria, para buscar a felicidade nos bens passageiros desta vida. Quanta ilusão!
Infeliz daquele que diz ‘não’ ao Senhor do universo, que tapa os ouvidos ao Seu convite, que “franze a testa” perante a Sua lei e que olha com indiferença para Aquele único Senhor que lhe pode dar a verdadeira alegria. Esse viverá em contínua frustração.
Seguir a Cristo de perto é o nosso ideal supremo. Não queremos retirar-nos da Sua presença como aquele jovem, com a alma impregnada de profunda tristeza por não termos sabido desprender-nos de uns bens de pouco valor, em comparação com a imensa riqueza de Jesus.
Que o Senhor nos ajude com a Sua graça para que, a cada momento, possa contar efetivamente conosco para o que queira e livres de objeções e laços que nos prendam.
Senhor, não tenho outro fim na vida a não ser buscar-vos, amar-vos e servir-vos. Dai-me um coração desprendido de todas as riquezas do mundo. Quero ser como Vós, o puro receber de Deus, para – por amor – tudo dar aos meus irmãos a fim de que tenha como herança a vida eterna.
Padre Bantu Mendonça
 

Assunção de Nossa Senhora

Assunção de Nossa Senhora Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós! 

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