terça-feira, 16 de agosto de 2011

Litugia Diária - Santo do Dia

(Mateus 19,23-30)

Terça-Feira, 16 de Agosto de 2011
20ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”.
27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Depois de Jesus nos ter falado sobre o jovem rico, um estudioso da Lei, que cumpre todos os parágrafos, não é desonesto, nem mentiroso, nem violento nem adúltero, Ele nos propõe hoje o texto que nos fala sobre o perigo das riquezas. Vendo aquele jovem, Jesus acha-o não distante do Reino dos Céus, por isso, o convida a vender tudo e destribuí-lo aos pobres: “Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga”. Porém, o conceito que o rapaz tinha de riqueza era divergente ao do Mestre. Para Jesus a Lei é o varal da fraternidade, é resposta à aliança gratuita e generosa oferecida por Deus. É partilha, é comunhão. Assim, se os bens não forem entendidos como dons – que devem ser partilhados com os pobres – não teremos direito a herdar o Reino dos Céus.
Ao jovem, que já era fiel observante dos mandamentos, Jesus faz uma proposta radical: vender tudo, distribuir o dinheiro aos pobres e segui-Lo. O jovem se retirou triste, porque era muito rico. Não teve coragem de desvencilhar-se de tudo, tornar-se discípulo e aderir ao compromisso de construir o Reino. E Jesus adverte sobre o perigo que a riqueza pode significar para a liberdade e o desenvolvimento pleno da pessoa.
O Eclesiástico lembra que a riqueza pode se tornar um forte obstáculo para a integridade (cf. Eclo 32,1-11). Certamente, a palavra de Jesus: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19,23-24), além de alertar sobre o risco que corre o rico com relação à sua salvação, alude à dificuldade para um engajamento mais pleno na construção do Reino, que é vida para todos, no aqui e no agora de nossa existência.
Os Padres da Igreja, dos primeiros séculos pós-catacumba, explicam que a razão da dificuldade tem a ver com nossa relação com Deus, com nós mesmos e com os outros. O que entendem por rico e riqueza não é quantidade absoluta de bens, mas situação na sociedade. Quem tem 10% dos bodes da tribo de criadores primitivos é rico; não importa se dispõe de menos bens do que hoje vemos.
Riqueza é condição material concreta e adequada do poder. Mas como o poder em si mesmo ela não é má. O Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas, mas adverte os Seus discípulos do perigo que correm se lhes entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos outros apóstolos é caminho certo para entrar no Reino de Deus. O mundo novo, que o Filho de Deus nos revelou na Sua Morte e Ressurreição, inaugurou a regeneração do universo, em que tudo é julgado por outros critérios.
A graça de Deus pode fazer gente rica ser profundamente santa. Alguns exemplos: Henrique II, imperador da Alemanha; Luis IX, rei da França; Isabel, rainha de Portugal e a duquesa Edwiges, cujo fundo rotativo de ajuda ao camponês endividado a fez padroeira de todos os endividados.
Mas ser rico é risco. Risco em nossa relação com Deus, exposta a duas variantes da mesma tentação: o ateísmo prático e a idolatria.
A riqueza ameaça nossa relação com nós mesmos. Os bens são nossos servos, para nossa vida e de todos ao nosso redor, para nossa realização como pessoas, também diante de Deus. No momento em que eles não mais nos servem, mas nós servimos a eles, começa o desvio.
A riqueza nos separa dos outros, afasta-nos deles. Os bens deste mundo – em si – são bons, presentes carinhosos do Deus, que quer que todos os seres humanos tenham vida e vida plena.
Que a verdade proferida por Jesus nos ensine a ter um coração mais desapegado dos bens terrenos e mais rico da presença de Deus, pois o desapego dos bens terrenos é um caminho de sincera humildade e confiança n’Ele.
Padre Bantu Mendonça
 

Santo Estevão da Hungria

Santo Estevão da Hungria A grande alegria de Deus é ver os Seus projetos realizados na vida de Seus filhos, sendo assim os santos não foram aqueles que não tinham defeitos, mas pessoas pecadoras que se abriram e cooperaram com a obra do Espírito Santo em suas vidas. O santo de hoje, nascido no ano de 979, foi filho do primeiro duque húngaro convertido ao Cristianismo através da pregação de Santo Adalberto, Bispo de Praga.

Voik era o seu nome, até ser batizado na adolescência, recebendo o nome de Estevão, o primeiro mártir cristão, tendo sempre como guia e mestre o Bispo de Praga. Santo Estevão casou-se com a piedosa e inteligente Gisela, a qual muito lhe ajudou no governo do povo húngaro, já que precisou unificar muitas tribos dispersas e até mesmo bem usar a ação militar para conter oposições internas e externas.

Ele, até entrar no Céu em 1038, não precisou preocupar-se com a evangelização inicial do povo, mas ocupou-se do aprofundamento do seu povo na graça chamada Cristianismo. De todo o coração, alma e espírito, estreitou cada vez mais a comunhão com o Papa e a Igreja de Roma, isto sem esquecer de ajudar na formação de uma hierarquia eclesiástica húngara, assim como na construção de igrejas, mosteiros e na propagação da Sã Doutrina Católica e devoção a Nossa Senhora.

Santo Estevão, por ser "o primeiro Rei que consagrou a sua nação a Nossa Senhora", tem uma estátua na Basílica de Nossa Senhora de Fátima e um vitral na capela do Calvário húngaro.


Santo Estevão da Hungria, rogai por nós! 

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